terça-feira, 29 de julho de 2014

As obras da carne ou o fruto do Espírito: qual será teu testemunho de vida?



As obras da carne ou o fruto do Espírito: 
qual será o teu testemunho de vida?

"Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia,

Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,

Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.

Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.

Contra estas coisas não há lei."


(Gálatas 5:19-23)


A Paz do Senhor aos amados!



Primeiramente, peço perdão pela grande demora em postar outro artigo, mas, peço a compreensão, pois, estou buscando me preparar mais, para oferecer o melhor aos meus irmãos, e assim, melhor servi-los, para a glória de Deus!


Hoje, vemos outro tema da Palavra de Deus, muitíssimo importante: as obras da carne e o Fruto do Espírito! Dando uma lida, vemos uma diferença muitíssimo grande! Afinal, ao comparar cada atributo, vemos que há um grande contraste entre cada um. De um lado, vemos atitudes reprováveis e repugnantes, e de outro, grandes virtudes, as quais queremos, como verdadeiros servos do Senhor, imitar. Se formos analisar essas 9 atribuições virtuosas, veremos que é a cara do Senhor Jesus e Seus apóstolos, e todo outro servo virtuoso do Senhor.


Mas pergunta-se: eles eram super crentes? Os "bam-bam-bam"? Os imbatíveis? Eram He-Men (He-Man no plural)? Não. Eram pessoas iguaizinhas à nós, expostas às mesmas tentações, fraquezas e tribulações diárias. A questão, amados, é que eles optaram ouvir a voz de Deus. Neste mesmo capítulo de Gálatas, o 5, vemos que existe uma batalha dentro de nós mesmos: a batalha de quem domina nossa vida – a carne ou o Espírito Santo? (Gálatas 5:17) Olha só: Paulo não joga a culpa no Diabo, minha gente! Afinal, como disse antes, noutro post, o Diabo não tenta, senão naquilo que a pessoa gosta, pois ele estuda as fraquezas de cada crente, para atacar. (Tiago 1:13-16)


Não! O Diabo não nos constrange a pecar. Só pecamos se quisemos. Somos tentados, mas a escolha de pecar ou não é nossa, só nossa, e não podemos jogar essa responsabilidade, nem no Diabo, nem no irmão, e nem em ninguém, pois é só nossa! Paulo nos dá a chave para as obras da carne serem evitadas, e nós conseguirmos ter uma vida que agrada a Deus: andar no Espírito, pois só assim, não cumpriremos os desejos cobiçosos da nossa tentadora natureza carnal. (Gálatas 5:16)


Mas deve-se haver uma pequena explicação, e por sinal, há uma dupla interpretação nesta passagem (quanto ao Fruto do Espírito, no caso): a primeira, é que, justamente ao entender que não são frutos do Espírito, mas um Fruto do Espírito, vemos, ao comparar com uma laranja, que os atributos são como gomos dessa laranja. Mas também, ao vermos na Bíblia o significado de fruto, vemos que é o resultado de algo que foi produzido. Ou seja, semeamos ações para colher os frutos delas. (Gálatas 6:7)


Só teremos, de fato, um fruto do Espírito (Santo), se tivermos semeando diariamente essas ações. O fruto é justamente essas ações serem uma prática em nossa vida. Mas, vejamos e comparemos as obras da carne e o Fruto do Espírito (repito: não é o espírito humano, mas do que o Espírito em nós produz, se dermos lugar ao Seu agir em nossas vidas), e vejamos o que realmente vale a pena fazer. Lembrando que não devemos confundir dons com o Fruto, pois dons são demonstrações do poder de Deus, é Deus em ação através de Seus vasos, Seus instrumentos (como pode ser constatado em
Coríntios 12; Coríntios 14 e Atos), e o Fruto é algo intimamente ligado ao nosso testemunho, o testemunho que nós, como cristão damos ou devemos dar.

Obras da carne: (Gálatas 5:19-21)


Adultério: Do grego "moicheia". Ou, o que se conhece por infidelidade conjugal, ou relação extramatrimonial (ou, caso extraconjugal). Enfim, é uma coisa abominável aos olhos de Deus, que quer uma relação em que haja fidelidade, que seja entre apenas os casados, e de forma nenhuma haja traição ou qualquer coisa que seja sexualmente abominável, ou seja, nada pode fugir dos limites do casal. Portanto, que o leito seja imaculado!  (Hebreus 13:4) Seja fiel, pois Deus é fiel!


Fornicação: Do grego "porneia", de onde se origina o termo pornografia e seus derivados. Na realidade, o termo grego é mais abrangente para ser traduzido apenas por fornicação, pois, como se sabe, fornicação é relação sexual pré-matrimonial, e a Bíblia desaconselha totalmente isso, pois afinal, "é melhor casar do que abrasar". (1ª Coríntios 7:9) Porém, como ia dizendo, seria a real tradução do termo: relacionamento sexual ilícito. Ou seja, toda forma de sexo que Deus abomina: homossexualidade, zoofilia, pedofilia, fornicação, adultério, prostituição, incesto (como visto em Levítico 18, por exemplo). Tudo! 

Enfim, um termo que acharia mais adequado para resumir isso em uma palavra, seria devassidão. Mas, infelizmente, há alguns liberais em nosso meio (o meio evangélico, no caso), na realidade, não pregadores, mas crentes, mesmo, que dizem que, a fornicação não é meramente sexo pré-matrimonial (voltando a falar da fornicação em si, e não do significado de porneia, que é relacionamento sexual ilícito), e portanto, é pecado apenas quando a pessoa quer fazer sexo com várias pessoas, e não com uma. Digamos, esse pensamento é mais ou menos assim: Irmão, você não pode é fazer sexo com várias mulheres, mas, se você tiver namorando, for fielzinho à sua namorada, e fizer só com ela, o que há de mais? 

NUNCA HOUVA MENTIRA TÃO SATÂNICA QUANTO ESSA! Afinal, Paulo aconselha a fugir disso, afinal, não podemos resistir com algo que nos tenta, de perto. A Bíblia nunca disse para resistirmos à tentação! Ela fala para resistirmos ao Diabo (Tiago 4:7b), mas para isso, devemos nos sujeitar a Deus, obedecê-lo, e só obedecemos renunciando o cumprir nossas vontades carnais, e como não podemos com ela, para não cairmos, devemos fugir. (1ª Coríntios 6:18)

Impureza: Do grego "akatharsia". Esse termo, inicialmente, tem ligação com o contexto judaico, pois se trata de impureza ritual (como vista no Pentateuco - seja pegando lepra, ou sendo tocado por um leproso, ou tocando em morto, ou uma pessoa morrendo perto, ou tendo uma menstruação ou após um relacionamento sexual, ou até mesmo doença sexualmente transmissível). 

Porém, mais à frente, vemos que no Novo Testamento, outro uso é dado para ele: um sentido moral. Ou seja, a impureza que se trata, é de uma impureza mental, moral, uma pessoa que tem uma mentalidade ligada constantemente à carnalidade, ou até mesmo em sentido prático. (Colossenses 3:5 e Efésios 4:19) Não tem jeito, irmão, o lance todo, é se livrar desse pensamento, cativando-o em Jesus Cristo (2ª Coríntios 10:4,5), lendo a Palavra, uma das nossas mais poderosas armas, do nosso arsenal espiritual, para destruir as fortalezas, e quanto mais uma fortaleza da mente, para que não tenhamos a iniquidade do "nada a ver", mas saibamos discernir entre o certo e o errado, visto que a vida não é um "oba, oba"! Assim, fazendo isso, ocupa a mente, e não dá chance para o Inimigo trabalhar.

Lascívia: Do grego "aselgeia". Esta prática significa uma pessoa perder o senso de moral, perder a vergonha na cara, perder os limites da normalidade no que se refere à atividades sexuais, licenciosidade, sensualidade, luxúria. É uma prática totalmente imoral. Ou seja, digamos que, exista um casal, e a Bíblia permite sexo apenas para casados, mas este casal, casado, não se contenta em fazer sexo na cama, e quer fazer na cozinha (contanto que ninguém veja, Ok!), aí, não se contenta, e quer na sala (contanto que ninguém veja, tudo bem), e não se contenta em fazer em casa, e quer fazer na rua, e vai num lugar, por enquanto, discreto, mas aí, as fantasias perdem os limites, e querem fazer ao público, e daí, quer estender isso à outros níveis completamente absurdos. Para evitar isso, cative, igualmente, sua mente em Cristo, para não dar ocasião ao Diabo.


Idolatria: Do grego "eidololatreia". Este atributo, geralmente é conhecido entre nós meramente por se prostrar diante de estátuas, e prestar culto a elas, e de fato, é literalmente isso. Mas engana-se quem limita-se a tal definição de apenas adorar à ídolos esculpidos pela mão do homem. Na realidade, toda admiração exagerada também é idolatria, bastando ver que existem idólatras do meio Gospel, infelizmente. Outra idolatria, é amar mais as pessoas do que a Deus, e Jesus nos prova querendo ver se amamos mais a Deus ou ao homem (Mateus 10:37). 

Mas o mais interessante, é que a Bíblia mostra que também a idolatria pode se consistir no apego demasiado aos bens, o que conhecemos popularmente como avareza. Um apego tal, que somos egoístas demais para compartilharmos, e nem mesmo estamos dispostos a abrir mão disso para dar a Deus, se Ele quiser. A Bíblia chama, tando à avareza de idolatria (Colossenses 3:5), quanto ao avarento de idólatra. (Efésios 5:5) Toda pessoa, atividade ou objeto que te faça gastar mais tempo que no Senhor, isso é um ídolo. Se quiser, irmão, evitar isso, foca mais no Senhor, aprenda a saber o lugar de cada coisa em sua vida, aprenda a administrar o seu tempo e dê ao Senhor a devida honra que Ele merece!


Feitiçaria: Do grego "pharmakeia". Essa prática a gente costuma relacionar ao Espiritismo e toda espécie de cultos afro. De fato, estão ligados. Mas literalmente, não seria só isso, mas, como na época, a bruxaria propriamente dita, o uso de encantamentos mágicas, e inclusive de drogas, para entrar em sintonia com o oculto. Quando uma pessoa se droga, ela de fato abre sua vida para contato com os demônios, pois as drogas não são meros alucinógenos, na realidade, quem põe nas mentes dos drogados as suas alucinações, são demônios. 

Um exemplo disso, é o culto do Santo Daime, em que não apenas baseado no Espiritismo, mas na realidade, antes de entrar em contato com os espíritos (demônios, isso sim, se bem, que eles são espíritos, mas espíritos imundos e malignos), eles tomam uma certa bebida, com uma composição química peculiar, chamada ayahuasca, e só então, começam a ter essas loucas experiências espirituais. Outro exemplo, é na Umbanda, onde existe um certo incensário, chamado defumador, onde para haver a livre circulação dos espíritos, deve ser usado em cada espírita presente. Enfim, isso é uma atividade diretamente associada a demônios, e deve ser evitada. Outro, e último exemplo, seriam esses incensos que vendem nas bancas, lojas o estilo da Mundo Verde, casas esotéricas e afins. 

O problema todo, é que pela ignorância acerca das coisas espirituais, muitos acham que é só um acessório para deixar o lugar, seja a casa ou o trabalho, cheiroso, pois de fato, alguns incensos desses são cheirosos. Porém, o preço pago é ter presença garantida de demônios. A Bíblia, para começo de conversa, chama isso de fogo estranho. (Levítico 10:1 e Números 26:61) O fogo estranho seria um incenso não dedicado Deus, como vemos nos tempos do Antigo Testamento, através do altar de ouro, que era para queimar incenso, e se localizava no Santo dos santos. Mas, o cristão, hoje, não precisa usar incenso nem incensário para se aproximar de Deus, afinal, nossas próprias orações são como incenso a Deus, e o Senhor Jesus, como nosso Sumo Sacerdote, usa o incensário da Sua mediação para levá-las ao Pai! (Apocalipse 8:3,4; Apocalipse 5:8)

Inimizades: Do grego "echthra". De fato, significa o ser inimigo, sendo que também o termo pode carregar um sentido de hostilidade, exercer o ódio. Teoricamente, não deveria haver ódio no meio da Igreja, mas na prática, há. Há, porém, uma coisa que deve ser dita: Há quem diga que, condenar o erro, é falta de amor, é sinal de ódio, porém, a Bíblia diz que não podemos compactuar com o erro, e devemos denunciá-lo, e ainda, diz que se eu compactuo com o erro do meu irmão (independente de ser um simples membro ou pastor, pois, ainda mais para este último, se no Dia do Juízo [Mateus 7:21-23] ele pagar por seus erros, vai ser por não termos aberto nossa boca), eu não o amo, antes, o odeio (Levítico 19:17). 

Dizem que só devemos orar, e Deus fará o restante, mas é enganoso esse pensamento. Quem afirma tal coisa, vive o que a Bíblia chama de "fé sem obras", e a Bíblia, pelo que sabemos, diz que esta é morta (Tiago 2:17-20), porém, de fato, devemos é orar, mas também exortar e repreender todo erro, sem olhar para posições, afinal, TODAS AS ALMAS ESTÃO EM JOGO, INCLUSIVE OS PASTORES, QUE SÃO ALMAS MAIS PRECIOSAS AINDA (Levítico 19:17). Porém, a Bíblia é clara quando devemos lutar pela Fé, e preservar a Sã Doutrina, pois infelizmente, já é tempo em que substituem, nas igrejas, a Sã Doutrina pelas fábulas (Tito 1:9, Judas 3 e 2ª Timóteo 4:3,4). 

A Bíblia, porém, abomina o odiar. Ela diz até mesmo para amarmos nossos inimigos (Mateus 5:44-48), e termos misericórdia deles, e a Bíblia diz que isso é bem efetivo, e assim, nosso trabalho não é vão, pois vale a pena pagar o mal com o bem (Romanos 12:20,21; Provérbios 25:21,22). Falando em inimizade, algo é tremendamente aconselhável em Mateus 5:23-26! Confira essa passagem, e será bênção na sua vida, se assim como está escrito o fizer!

E, se tiverem feito mal contra você, não recuse perdoar - se te pedirem perdão - perdoa, INDEFINIDAMENTE! Afinal, é justo, pois mesmo sem merecermos, Deus nos perdoa, indefinidamente... Mas se não quiser perdoar, meu amigo, NEM DEUS TE PERDOARÁ! (Mateus 18:21-35; Mateus 6:12,14,15; Lucas 17:3,4)

Porfias: Do grego "eris". Em outras palavras, seria uma pessoa que busca por brigar, contender, e até disputar e competir. Tudo que é oposto à união, antes, ao invés de juntar as forças e lutar como amigos, uma pessoa que comete esse pecado busca disputar entre irmãos. Um exemplo de disputa? Um crente querendo ver quem é mais santo que o outro. Outra? Quem alcança determinado cargo primeiro. Outra? Quem prega melhor. Outra? Quem louva melhor. 

(e, cá pra nós, PRINCIPALMENTE QUANTO A ESSE ÚLTIMO, DEUS ESTÁ SE LIXANDO, POIS QUEM DEVE SER GLORIFICADO É ELE, E NÃO O HOMEM, ENTÃO, QUEM PENSA ASSIM, PODE TIRAR SEU CAVALINHO DA CHUVA, POIS NÃO CHEGARÁ A LUGAR NENHUM) 

Não é à toa que Paulo disse o que disse em Filipenses... (Filipenses 1:15) Mas Deus é tão sábio, que quem acha que tá tirando onda, na verdade, tá na palma da mão de Deus, só cumprindo a vontade Dele (Filipenses 1:18), mas depois, claro, responderá pelos seus atos... Porém, convém a nós, não brigar, mas apaziguar! Afinal, só assim, verdadeiramente seremos filhos de Deus! (Mateus 5:9)

Emulações: Do grego "zelos". Significa, literalmente, "quente o suficiente para ferver". Mas, existem 2 sentidos, dessa palavra, no Novo Testamento. O sentido positivo, em algumas passagens, é zelo pelo Senhor, uma vontade de fazer a coisa certa e o fervor pelo seguir os mandamentos, e a entusiasmo em fazer a prática certa da Palavra de Deus, de fato, uma pessoa que possui tal sentimento, de fato, leva a sério se comprometer com Deus. Porém, nesta passagem, e em outras, o sentido é negativo, e significa o ter ciúmes. Algumas vezes, até significa rixa, rivalidade. 

E, infelizmente, vemos a disputa de certas denominações entre si, para agregar membros à sua igreja, e ao invés de cumprirem o "Ide" (Mateus 28:19,20; Marcos 16:15), ficam só mudando o crente de igreja para igreja. Ao invés de ganhar ímpios do mundo para Jesus, roubam crentes de outras igrejas. E sem falar, que, tal como acima, existe uma competição, envolvida no sentimento. Não é apenas um sentimento teórico de ciúme, mas algo feito na prática, o que resulta, então, as rixas e rivalidades. Irmãos, deixemos esses sentimentos mesquinhos, e que tenhamos "um mesmo sentimento" (Romanos 15:5; 1ª Pedro 3:8), em nome de Jesus!


Iras: Do grego "thumos". Como já se deve imaginar entre nós, justamente significa isso mesmo: um sentimento forte, tão forte quanto a raiva, um sentimento impetuoso, que nos faz agir de forma violenta com o próximo. A ira, em si, não é pecado, mas a ira consumada, ou seja, a ira que resulta em pecado, essa sim, é um pecado. Portanto, a Bíblia nos dá o direito de nos irarmos, contanto que em 2 condições: que não deixemos para largar a ira até o dia seguinte, e que esta não termine com alguém fazendo besteira. (Efésios 4:26) E como sabemos, toda pessoa iracunda sempre faz besteira, sempre quer arranjar motivo pra briga! Irmão, sai fora disso! 

A mesma Bíblia que diz que devemos mais ouvir do que falar, diz também que devemos nos irar no momento certo, ou seja, o que a Bíblia chama de ira justa. Um exemplo que vemos, é o de Jesus, no templo, vendo o comércio de sacrifícios (João 2:14-17), o que justamente nos lembra a venda de indulgências, no tempo da Reforma Protestante de Lutero, ou até mesmo hoje, como certos líderes religiosos, a valores absurdamente altos prometem "um pedacinho de terra no Céu". Deus permite que tenhamos tal ira, mas não a ira inconsequente que termina sempre tragicamente. Que sejamos sábios com nossos sentimentos, em nome de Jesus!

Pelejas: Do grego "eritheia". É justamente um termo sinônimo do que é traduzido por porfias. Tal como as porfias, essas são verdadeiras disputas, só que, o negócio aqui vai mais embaixo: chega a ser uma rixa sectária. Verdadeiramente, vemos esse tipo de coisa entre certos pastores de certas igrejas entre si, brigando para ver quem consegue mais seguidores, e tudo, por (ainda falando do significado, no grego) um motivo ambicioso, egoísta, e, de fato, agindo como um mercenário, visando o lucro, satisfação de suas ambições, e e não um pastor. (João 10:11-14) 

O Senhor condena ferrenhamente essa atitude! (Ezequiel 34; Isaías 56:10,11) Enfim, seja como for, esse termo carrega uma conotação de sectarismo, de uma pessoa que rivaliza com outras, para arranjar atenção para si, e obter seguidores, tal como uma seita, afinal, seita vem do latim secta, que significa seguir. Para que deixe de haver esse sectarismo rixoso, deve haver um bom governo, capaz de repreender a todo herege e sectário dentre o seu rebanho, e dar um bom alimento às suas ovelhas, pois os tempos são maus, e já estamos em tempos verdadeiramente trabalhosos. (2ª Timóteo 3:1)

Dissensões: Do grego "dichostasia". Seriam separações, divisões. O problema todo, não é haver uma opinião. O problema é usar essa opinião, para formar divisão entre a Igreja, e fazer com que haja desigualdade entre os irmãos. Ficando cada um com sua peculiaridade, cada um com seu "grupinho", sem abertura para outros, cara um no seu próprio "mundinho". Infelizmente, não é só no sentido de ato de rebeldia (divisão dentro de igrejas), mas também, isso repercute na questão da desunião. A Bíblia nos exorta a "unidos em um mesmo pensamento" (1ª Coríntios 1:10), e se é assim, porque permanecer na desunião, não é verdade?


Heresias: Do grego "hairesis". O termo, em si, a princípio, não tinha uma conotação pejorativa, negativa. Antes significava, em sua raiz, uma opinião ou uma escolha, bem como também as escolas de pensamento, no caso dos judeus, "yeshivot", plural de "yeshivah", também conhecidas como "beit midrash" (seja dos saduceus ou dos fariseus, por exemplo - onde aparece hairesis traduzido por seita, mas não em sentido negativo, mas no sentido positivo => Atos 15:5 - seita dos fariseus e Atos 5:17 - seita dos saduceus). Mas com o tempo, passou a significar algo pejorativo, significando seitas (no sentido pejorativo), partidos (como o caso do "Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas [Pedro], e eu de [Jesus] Cristo." - 1ª Coríntios 1:12), e facções. 

A passagem, aqui, não se refere à multiplicidade das denominações, nem entre os irmãos que congregam em uma mesma denominação, mas têm pensamentos diferentes em certas interpretações, e sim, quanto a certos crentes, que, à semelhança das pelejas (eritheia), adquiriam seguidores, porém, a diferença, é que se trata de desvios doutrinários, como o caso das Testemunhas de Jeová, por exemplo, e outro problema, é que não é só esse, mas essas seitas se baseiem em seguir os seus líderes sectários, ou seja, não é seguir a Cristo, mas ao homem. Quanto às TJ, esta é uma verdadeira seita, que pega como base os ensinos de Ário (e de outros hereges), um herege (quem promove heresias) tal, que se enquadrou entre os heresiarcas (maioral dentre os hereges), e, este ensinava justamente, por exemplo, que Jesus não era divino, e muito menos, parte da Trindade, pois ele negava a Doutrina da Santíssima Trindade, e ainda, dizia que Jesus era uma criatura, mais especificamente falando, a primeira criatura de Deus. 

E as testemunhas de Jeová, por exemplo, ao ensinarem isso, arrancam de contexto Apocalipse 3:14, onde diz que o Senhor Jesus é o "Amém, o princípio da criação de Deus", mas, o termo princípio, no grego arche, significa origem, princípio, príncipe (ou principal), governante, e, sendo assim, Jesus não era o princípio, no sentido de ser a primeira criatura, mas sim, no sentido de ser, não só a Origem (ou seja, por meio Dele, Deus criou tudo, afinal, Ele é o Verbo – João 1:1,3), mas também o Governante da criação. Logo, tem lugar acima, e não entre a criação. E outro texto arrancado do contexto, Colossenses 1:15, onde diz que Jesus era o "Primogênito da Criação". 

Porém, primogênito (grego prototokos) aqui não significa primeira criatura, mas sim, que Jesus tenha um lugar de preeminência na criação, que sobre tudo Ele tenha poder e governo, afinal, tudo foi criado para Ele, e por Ele (Colossenses 1:16), Ele é antes de todas as coisas, e todas elas subsistem por intermédio Ele (Colossenses 1:17), e como é Princípio (grego arche) e Primogênito, Ele tem preeminência, lugar de destaque, governo! (Colossenses 1:18) E, vendo que a heresia é a pior coisa que pode ter no meio cristão, devemos ser unidos num só pensamento (Efésios 4:3-6). E, como disse Agostinho, um dos Pais da Igreja: "Nos essenciais (doutrinas essenciais para a Salvação, tais como a Salvação pela Fé em Jesus Cristo - Romanos 10:9,10,12,13), unidade; nos não essenciais (doutrinas que não são essenciais para a Salvação, como a Escatologia, que é o estudo das últimas coisas, e por sinal, é assunto de muitos debates e discussões, e como não é o foco em que devamos manter para a Salvação, não é uma coisa essencial para nos apegarmos de tal forma), liberdade; e em tudo (no mais, da vida cristã, entre nós, interdenominacionalmente), amor." (grifos meus) 

E, claro, não estou condenando os russelitas (ou jeovistas - ou como eles preferem ser chamados, "testemunhas de Jeová"), afinal, a quem cabe esse tipo de julgamento, é só a Deus, mesmo! (Tiago 4:12) Porém, é duvidoso, como pode ver, tal tipo de ensinamento, e portanto, é bom evitá-lo! E, por fim, a Bíblia diz que é necessário que haja entre todos nós, cristãos, heresias (ou como as outras traduções da Bíblia traduzem o termo, seja como for), para que os que são sinceros se manifestem (1ª Coríntios 11:19), para que hajam crentes que são capazes de defender as verdades bíblicas com unhas e dentes, sem medo, mostrem as caras! 

Afinal, a interpretação da Palavra de Deus não é pertencente a nenhum grupo cristão (2ª Pedro 1:20), e ninguém é dono da Verdade (João 17:17), e sendo assim, visto que nenhuma igreja é dona da interpretação oficial (se assim posso dizer) da Bíblia, é obrigação individual de cada crente destrinchar, estudar, examinar, e interpretar, cada trecho das Escrituras Sagradas (obviamente, com a ajuda e inspiração o Espírito Santo - lembrando que inspiração e revelação não são sinônimos, e portanto, não pense que Deus abrirá a sua cabeça, e colocará REVELAÇÕES PARTICULARES, doutra maneira, Ele mesmo colaboraria para o sectarismo - a inspiração, em verdade, é a vontade e o fervor de trabalhar em algo), mas com ordem e decência (1ª Coríntios 14:40), sem trazer divisões dentro da Igreja, sem provocar contendas. Bem, é como disse Calvino: "Orare et labutare." (orar e trabalhar, em Latim)

Invejas: Do grego "phthonos". Bem, como já sabemos, a inveja é algo maligno. É aquele sentimento em que odiamos quando alguém se dá bem, e queremos que isso acontecesse conosco. Porém, a Bíblia nos diz, que, ao invés de ficarmos pensando só em nós (1ª Coríntios 10:24), também devemos pensar nos outros, afinal, a inveja vem de um sentimento egoísta, em que só eu devo me dar bem, e pronto! Sendo assim, tendo um pensamento onde nos importemos uns com os outros, e de fato, amemos uns aos outros (Romanos 12:10), não haverá lugar para a inveja.



Homicídios: Do grego "phonos". Ou seja, assassinato. É inconcebível para Deus o assassinato, a matança. Quando a Palavra de Deus nos diz para "não matar" (Êxodo 20:13), nos diz justamente para não assassinar alguém, ou seja, matar com intenção. Não se refere, obviamente, à legítima defesa. Porém, amados, falando nisso, individualmente, devemos estar na dependência de Deus, afinal, "quem com ferro fere, com ferro será ferido" (Mateus 26:52). E outro motivo para isto ser excetuado da individualidade, é que "Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de Mim, achá-la-á." (Mateus 10:39). 

Mas, se se trata em defender alguém da morte, obviamente devemos defender alguém. Se possível, sem mortes, pois se não, peca, quando não é necessário matar. Mas, se não resta alternativa, então, é permitido. Uma forma mais clara de dizer: digamos que tenha entrado um ladrão em sua casa, e alguém da casa acorda, e como é testemunha de tal coisa, pega como refém – você largaria de mão, e acharia que é obrigação de Deus fazer um milagre (se bem que Ele pode fazer, mas não é obrigação Dele, e sim nossa, defender nossa família), ou defenderia com suas próprias mãos? 

Lembrando que, uma casa, é como se fosse um rebanho, e, seja o pai ou o primogênito da família, é o pastor, e os mais frágeis, as ovelhas - deixaria que um lobo devorasse uma de suas ovelhas? Creio que não, afinal, a pronta atitude de um pastor, seria afugentar o lobo, ou, se necessário, matá-lo. Portanto, em suma, não assassinemos, não defendamos nossa própria vida, mas defendamos as pessoas que precisam ser defendidas, afinal, o bem que posso fazer, se não o fizer, até nisso peco. (Tiago 4:17) 

Mas, se preciso for, é que se deve chamar a Polícia. Seja o que for, e de que forma o façamos, seja por nós mesmos ou com ajuda: devemos defender quem precisa ser defendido! Afinal, se alguém não tem cuidado com os seus, nem com os da sua família, é pior do que o incrédulo. (1ª Timóteo 5:8)


Bebedices: Do grego "methe". Um mal como esse tem provocado destruições entre muitas famílias e muitos jovens, e provocado dependência química. A bebida em si, não é um mal, mas o consumo exagerado dela, é. Porém, para os crentes, a Bíblia é mais específica na permissão de qual: o vinho, ou qualquer um que seja tão fraco quanto este. (Efésios 5:18) Digo isto, pois existem crentes, de outras denominações, principalmente as mais antigas, que consideram o "vinho", de Efésios 5:18, como um genérico para qualquer bebida alcoólica, mas a bem da verdade, a Bíblia distingue muito bem o que é vinho e o que é bebida forte (Juízes 13:4 - mandamento para a mãe de Sansão, pois seu filho faria o mesmo, por ser nazireu [Números 6:1-21]; Isaías 24:9 - passagem profética que diz que por causa da maldição sobre o povo de Israel, que transgrediu os mandamentos, não havia alegria em nada; Provérbios 20:1 - diz que, os que errar em ambos, não será sábio; Deuteronômio 29:6 - Deus falando que eles não comeram pão, nem beberam ambas as bebidas, para que soubessem quem Ele era; Lucas 1:15 – única passagem no Novo Testamento, mas suficiente, para mostrar que, de forma nenhuma o vinho pode ser genérico para qualquer bebida, até mesmo as fortes, pois ao falar do nazireado de João Batista, fala os 2 tipos de bebida). 

Como disse, não só Efésios 5:18 não proíbe beber o vinho ou qualquer outra bebida fraca, mas também Provérbios 23:29-35. Esta passagem diz nos mesmos moldes de Efésios: que o demorar-se perto do vinho, ou seja, beber além da conta, se embriagar, ficar bêbado, trará os piores resultados possíveis. Ou seja, da bebida forte, sai fora, que nem rola. E do excesso até mesmo da fraca, também não. Ah, e outra: Jesus bebeu vinho, apesar de que, claro, a acusação de seus inimigos de que Ele era um beberrão era falsa (Mateus 11:19). Sem falar de outra coisa: o vinho das bodas de Caná era fermentado, tinha álcool. (João 2:1-11) Talvez, quem diga que Jesus transformou a água em suco de uva, e não vinho, diga que seria ilógico Jesus transformar água em vinho, pois Ele jamais contribuiria com algo tão mal, quanto deixar os outros se embebedarem! Imagina: Jesus dar oportunidade para que uma farra ocorra! Porém, devemos ter o bom senso num detalhe: os judeus eram pessoas decentes (e ainda são), diferente dos gentios, que eram os mais irreverentes possível. Os judeus tinham senso de moral (e ainda têm), diferente dos gentios, que sempre valeu tudo! Os judeus temiam (e temem) a Deus, mas os gentios NUNCA TEMERAM A DEUS! (com raríssimas exceções, como em Atos 10, com Cornélio)

Logo, ao beber o vinho, eles eram controlados, não se embriagavam! (basta ver o que escrevi abaixo, na obra da carne da glutonaria) Mas existe uma coisa, amado: Romanos 14 e 1ª Coríntios 8 falam de coisas interessantes. Romanos 14 fala de uns irmãos que de tudo comem (e diga-se de passagem, até mesmo no sentido metafórico pode ser levada esta passagem) e outros que se abstém de quase tudo, porém, na mesma passagem se diz que, o Senhor não faz diferença entre ambos, e aceita a ambos, porém, no final, diz que devemos nos abster do que fizer o irmão fraco de consciência se escandalizar, tropeçar. E 1ª Coríntios 8, Paulo fala da comida sacrificada ao ídolo, e ele diz que o problema todo, não é que a comida fica ruim por causa do ídolo, mas a abstinência da tal é mais pelos irmãos fracos de consciência, visto que o "ídolo nada é". Mas, para que tudo seja esclarecido, de forma plena, é lendo 1ª Coríntios 10. Pois lendo 1ª Coríntios 8, a pessoa pode pensar que não seria, no fundo, nada de mais comer doce de Cosme e Damião, ou qualquer coisa sacrificada a ídolos e demônios, pois na  realidade, mesmo que tal coisa não faça mal, ou tenha alguma maldição, só não devemos comer, por amor a Deus, e pelo fato de que Ele é o único Deus verdadeiro (João 17:3), e justamente por cearmos (tomarmos da Ceia do Senhor - 1ª Coríntios 11:20d, a Santa Ceia) é que não podemos comer na mesa dos demônios e beber do cálice dos demônios. 

E falando em tomar da Ceia, vemos que, na época da Igreja Primitiva, o vinho da mesma era fermentado, ou seja, tinha álcool. (1ª Coríntios 11:21,22 – com exceção do de Mateus 26:29; Marcos 14:25; Lucas 22:18, onde, segundo especificações em Êxodo 12, o fermento, em qualquer sentido, certamente também no de bebidas, era proibido, na Páscoa, e antes mesmo, na preparação da Festa dos Pães Ázimos, já era pra se retirar todo o fermento de dentro de casa e das habitações dos israelitas, e portanto, apenas pros judeus cristãos [lembremo-nos que havia, e ainda há, cristãos gentios, mas também judeus cristãos - Gálatas 2:7,8], nas festas de Pães Ázimos e Páscoa, era proibido: não sempre, mas só nessa época, onde fermento não era permitida; talvez me cite Coríntios 5:6-8, porém, veja que o contexto é de PÃES, e não de VINHOS – ou, mesmo Mateus 16:5-12; Marcos 8:13-21; Lucas 12:1, porém, aqui, o uso de FERMENTO, é simbólico, no que se refere à hipocrisia dos fariseus que eram inimigos de Jesus - portanto, visto que, uma coisa, é a Ceia para os crentes judeus, e outra coisa, é a Ceia dos gentios, onde nada tem a ver com a Páscoa, então, conforme pode-se constar, é lícito e certo o uso de vinho [e não meramente suco de uva], na nossa Ceia) E assim, se entende, agora, porque as igrejas protestantes antigas usam vinho, e não suco de uva. 

O fato de se usar suco de uva nas igrejas mais recentes, na Ceia, é justamente para tirar uma pedra de tropeço para um alcoólatra que se converte, porém, a Bíblia nunca proibiu beber. Mas, o esclarecimento máximo se encontra aqui, em 1ª Coríntios 10: do que lemos em Romanos 14 e 1ª Coríntios 8, e até mesmo parte de 1ª Coríntios 10, aparentemente não podemos fazer mais nada do que para nós não é ruim, mas para o irmão fraco de consciência é. Porém, é um ledo engano. Pois lendo esta passagem, vemos uma coisa: "Pois por que há de a minha liberdade ser julgada pela consciência de outrem?" (Coríntios 10:29). E falando em consciência, o final de Romanos 14 nos fala algo interessante: "Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado.". (Romanos 14:22-23) 

Ou seja, a conclusão é: não podemos fazer isso quando estivermos por perto dos irmãos que consideram tal coisa proibido, para não lhes escandalizar, porém, quando estivermos em nossa casa, no nosso particular, podemos, contanto que com ordem e decência. (1ª Coríntios 14:40) Mas também, se não gosta de vinho, quem disse que você é obrigado a beber? E não só com a bebida, mas com qualquer coisa: se uma pessoa come demais, engorda, e vira gulosa, glutona; se uma pessoa come doce demais, fica viciada em doces, até chegar a ter diabetes; se uma pessoa joga videogame demais, fica viciada; se uma pessoa vê televisão demais, deixará que a TV seja seu professor, e inclusive passará ao ponto de substituir os cultos da igreja pelos telecultos; se uma pessoa usa demais o computador, ficará viciada com ele; se uma pessoa usa demais o Facebook, a sua vida dependerá dele; e, pasmem meus irmãos, nem este último escapa: se um irmão só vive na igreja, abstém-se do convívio social, não vê as notícias nem TV, só lê Bíblia e nada mais, NÃO, ele não se tornará mais santo, mas se tornará um fanático, e o fanatismo tem sido um dos maiores males da humanidade, e é em nome deste que muitos morrem, e fanatismo não é de Deus. Quando digo fanatismo, não é quando uma pessoa se interessa mais pela Palavra de Deus, com as coisas de Deus, e quer se aproximar mais Dele, e sim, quando uma pessoa acha que nada mais presta, só ela, começa a se considerar santa demais para se isolar em seu próprio mundinho, e quando vai ver, ela começa a querer usar de um radicalismo sem limites, a ponto de, não só incomodar os do mundo, mas até os próprios irmãos. 


Acrescente-se outra coisa – talvez escandalizará a alguns, mas, verdade seja dita: além do vinho (claro, excetuando o vinho do porto [aquele, feito em Portugal], ou mesmo o vinho madeira [também, um vinho português], que são ambos vinhos fortificados com bebida destilada, como conhaque, por exemplo, e assim, ao beber, incorrer-se-ia no erro de Provérbios 23:30, onde, além de condenar os que bebem muito, parte do versículo condena o consumo de bebida misturada, e no ai de Isaías 5:22, onde, além de condenar-se os que se embriagam, na primeira parte, na segunda parte do versículo condena aos que gostam de bebida misturada, a qual, nos tempos bíblicos, seria a misturada com especiarias, ou, também, ao antigo costume pagão de ficar bebendo vinho misturado com água, e, falando neste segundo tipo de mistura antiga, mostra-se em Isaías 1:22, que, assim como “a prata se torna em escórias”, quanto ao vinho, diz-se: “o teu vinho se misturou com água”, por isso, é até condenável tal ato, que, comumente é feito por muitos, hoje em dia, ainda, no caso, uma taça de vinho e outra de água [talvez se pergunte do caso de Timóteo, o qual, por ter freqüentes problemas estomacais, Paulo recomenda, em 1Timóteo 5:23: “não beba mais água, só, mas usa um pouco de vinho” – no caso de Timóteo, pelo que se pode ver, parece que ele era abstêmio, não no caso de beber moderadamente, mas, no caso de se abster totalmente de bebida, e por ter tido o costume de apenas beber água, é que contraiu essas doenças, e, para evitar, tinha que se acrescentar UM POUCO de vinho, e portanto, não era pagão, onde era vinho com água, mas no caso de Timóteo, mais água, e pouco vinho – aliás, o uso pagão da mistura de vinho e água é só pra pessoa suportar beber muito, e, se embriagar, e por isso é errado], mas, claro, se já era ruim misturar com água ou especiarias, imagina a de hoje, que é a destilação, onde mistura-se bebida fermentada com bebida destilada, e então, faz-se a bebida fortificada, ou, bebida forte, a qual, para o cristão, é errada – e outra exceção que é má à saúde, é o vinho de cana, que é a fase anterior da cachaça, onde se encontram componentes maléficos à saúde, ainda que tenha baixo teor alcoólico, o qual, por ser nocivo, é ilegal, passando a ser permitido apenas a cachaça, mas, claro, como ela já é forte, não convém), é lícito beber outras bebidas (contanto que não sejam fortes, mas, claro, mais fracas ou no máximo no mesmo nível do vinho).

Quanto ao vinho, quer seja o tinto ou o branco, quer seja o espumante (um dos quais, seria o champanhe, que é um tipo de espumante francês) seco ou o doce, bebidas como cerveja, quer a preta, quer a de coloração normal, sidra, ou até mesmo hidromel – todas essas, está tudo bem beber, pois o teor alcoólico não passa de no máximo 14.0º, o qual, é o do vinho de mesa tinto, e, portanto, para não errar nestes, 1 vez por dia, e, claro, JAMAIS SOCIALMENTE, para não se sentir tentado a beber muito, para se exibir aos colegas ímpios, que bebem mais, e, só à noite, após ter trabalhado, estudado e executado qualquer outra tarefa prioritária da tua rotina, em sua casa, para evitar escandalizar aos irmãos mais fracos de consciência, e, bebendo, no caso da cerveja, é apenas no máximo 1 copo, quer normal ou preta, e no caso do vinho, é uma pequena taça, seja qual for, tinto ou branco, espumante ou não, e da sidra, igualmente à cerveja, apenas um copo, e por fim, hidromel, não mais que um copo, pois, se passar dessa medida, começa a entorpecer os sentidos, e além disso, o grau de vigilância ficaria diminuído, e a pessoa “se permitiria” beber um atrás do outro – fora estes, nenhuma outra bebida é boa, pois passa para a categoria de bebida forte, e é inconveniente ao crente!

Talvez cite Levítico 10, porém, o erro está ao interpretar 2 coisas: 1, que esta ordem é específica a sacerdotes, e 2, condena-se apenas o consumo disso antes do serviço sacerdotal, pois se o fizesse, chegaria bêbado à ministração, e, após o serviço, poderia tomar, tranquilamente, e para conferir, veja Levítico 10:8-11, e, conforme contexto do texto, versículos anteriores, para ver a causa pela qual levou Nadabe e Abiú a oferecerem fogo estranho perante o Senhor, que era a sua embriaguez.

Quanto a Jesus, bem, na Sua crucificação, primeiramente, foi-Lhe oferecido vinagre misturado com fel, ou, como diz-se em outro evangelho, vinho misturado com mirra, ou, como em outro, meramente vinagre: Mateus 27:34; Marcos 15:23; Lucas 23:36, porém, mostram os textos que ele recusou-os, mas, chegando por volta das 15h [hora nona], do dia de Sua crucificação, quando exclamou a Deus Pai, então, ofereceram-Lhe vinagre, conforme Mateus 27:46-48; Marcos 15:34-36, e desta vez, ele bebeu, conforme João 19:28-30, para que se cumprisse a Palavra, em Salmo 69:21, e, pelo que se pode analisar dos textos, é que, o primeiro, por ser uma bebida misturada, era forte, era completamente inebriante e entorpecente, por isso, Ele recusou, para que por nós, pudesse suportar as dores, e, quanto ao fim de Sua vida, pouco antes de Sua morte, Ele estava com sede, e, então, foi-Lhe dado o pior tipo de bebida pra matar a sede: vinagre, e, portanto, sofreu, e sofreu até à morte... 

É interessante notar que a Bíblia nos exorta a estar SÓBRIOS. (Tessalonicenses 5:5-10; Timóteo 4:5; Tito 2:11-14; Pedro 1:13; Pedro 4:7; Pedro 5:8,9, por exemplo) Lembremo-nos que o oposto de sóbrio, é ébrio, e ébrio, é o mesmo que bêbado, ou embriagado. Cuidemos para não chegarmos nisso! Ah, sem esquecer de você, que pode ser que não se dê bem com bebidas, por ter tendências alcoólatras, você pode beber suco de uva. É bom, é saudável, ajuda até a perder colesterol, e colesterol ruim! E, claro, o ideal, também, é deixar para de noite, para melhor apreciar! E, se você não quiser beber, porque acha amargo o gosto das bebidas alcoólicas, melhor ainda! Nem precisa beber! Ainda terá algo a menos, com que se preocupar!

ENFIM: vigiemos, pois, dá pra fazer, porém, repito - “com ordem e decência”, conforme 1Coríntios 14:40...


Mas há uma solução para este problema de interpretação, que, por causa da embriaguez e do alcoolismo, muitos crentes mais conservadores têm repudiado completamente às bebidas, buscando até "subterfúgios" nos termos originais, tentando achar o que não existe, pra tentar justificar a sua proibição. Ora, a tal solução veremos, logo abaixo... 
 
Glutonarias: Do grego "komos". Na realidade, vendo o termo apenas pela tradução que nos é dada, aparentemente é só gula, comer demais. Porém, antes de passar para o outro lado da história, a Bíblia condena, sim, a gula em si. Basta ler Provérbios 23:2. O termo original, do hebraico, é baal nephesh, que seria, literalmente, senhor do fôlego, porém, o texto permite traduzir como homem glutão, homem guloso ou homem de grande apetite. Mas, vendo em outras traduções, e buscando a fundo o significado no grego, vemos que o termo pode tanto significar festas, quanto farras, quanto orgias. 

Quanto ao sentido "festas", não seria, obviamente, uma festa de aniversário, nem mesmo a de um ímpio, afinal, devemos estar presentes para sermos luz do mundo e sal da terra, e fazer a diferença (Mateus 5:13-16). Bem, as festas aqui não são as festas dos dias de hoje, mas as festas dos pagãos, que faziam orgias em homenagem a Baco. Baco seria o correspondente romano do "deus" (se assim posso dizer, pois na verdade, é um demônio, um deus falso, um ídolo) grego Dionísio. Ele seria o responsável, segundo os pagãos pregavam, pelo vinho, pela embriaguez, e pelos excessos, principalmente sexuais. E falando do sentido "orgias", para ser mais claro, e evitar termos chulos, como os 2 que são conhecidos para traduzir esse termo, usaria a expressão sexo grupal. Para ver quão baixo e abominável era a coisa, e hoje em dia, sem culto, ainda é. 

E, por fim, vamos ao sentido de farras: pois de fato, este seria o significado mais vigente de nosso tempo, se bem que ainda ocorrem as orgias, mesmo que não ligadas à cultos pagãos, mas mesmo assim, já exaltando Satanás. Agora já entende porque não convém a um crente ir à alguma balada, ou baile Funk, ou micareta? Excesso de álcool, perda da noção das coisas, e ainda, só fazendo besteira. O que um crente, mesmo que não beba, faria ali? Evangelizaria? Acaso um bêbado daria ouvidos à Palavra de Deus fosse pregada? Ou melhor dizendo, que diferença você faria no local? O povo de lá estaria tão embriagado, que nem te notaria... É bem verdade dizer, que, de fato, nada é impossível para o Espírito Santo, mas a operação Dele (João 16:8; Atos 16:13-15; Atos 2:47) nesses lugares seria mais exceção do que regra... Na realidade, duvido que passe esse pensamento na mente de quem vai, seja crente ou ímpio: só está concentrado é no ambiente, mais nada! Uma coisa, é ir à um show, outra, é ir à balada, baile ou micareta... 

Os objetivos são bem diferentes... Portanto, se você tem aquele senso do "nada a ver", é bom rever seus conceitos, e não cultuar a Baco, ou melhor dizendo, o Diabo! Pergunta-se: por que se envolver em farras, se você pode fazer a Obra do Senhor? É uma boa proposta, né? Pois assim, você honraria e glorificaria a Deus, e envergonharia o Diabo!

E coisas semelhantes a estas: Ou seja, toda atividade que tenha o mesmo espírito, digo, mentalidade, propósito. Só de parecer, meu irmão, cai fora dessa! Se o que for feito tiver a mesma intenção, nem dê vazão. Não é à toa que a Bíblia diz: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca." (Mateus 26:41) Jesus não disse isso à toa. Ele já previu que tudo isso acontece, pela mínima brecha. Portanto, não demos lugar ao Diabo (Efésios 4:27), antes, nos esvaziemos de nós mesmos, para que Deus nos encha (Efésios 5:18), e deixemos o templo só para Seu uso e habitação! (1ª Coríntios 3:16,17; 1ª Coríntios 6:18-20) Não, não se preocupem: nenhuma dessas coisas que se façam, nos deixariam endemoninhados... Dar lugar ao Diabo, na verdade, é se permitir guiar pelas tentações do Diabo, fazer, no geral, a vontade do Diabo, e não estar endemoninhado. 

O Espírito Santo não é como na época do Antigo Testamento, em que entra e sai das pessoas. (1ª Samuel 16:13-16) Porém, o que se conseguiria, ao persistir nessas coisas, seria algo bem pior que Ele sair de nossas vidas: entristecê-Lo. Você quer entristecer o Espírito Santo? (Efésios 4:30) Acho que não, né? Pois o resultado seria drástico! (Isaías 63:10) Mas, existe sim, um momentos nos dias cristãos, em que o Espírito Santo pode deixar de habitar numa pessoa. De fato, Deus pode encher tal pessoa, pode usá-la, mas não habitar nela: quando uma pessoa se desvia, esse é o momento em que o Espírito Santo deixa de habitar nela. Por isso, quando uma pessoa se desvia, fica difícil de trazê-la de volta pra Jesus, pois o seu último estado fica pior do que o primeiro, quando era pecadora sem conhecer a Jesus, pois agora, é pecadora conhecedora de Jesus, e apóstata, sem falar, que, antes era só 1 demônio que dirigia a vida dela, agora, são 8. (Mateus 12:43-45 e Lucas 11:24-26) 

Sim, é possível trazer de volta os desviados para Jesus (Tiago 5:19,20), mas, jamais queira chegar a esse ponto! Outro ponto que não devemos chegar, pois o primeiro, seria entristecer o Espírito Santo (enquanto crente), e o último, que seria antes de Ele se apartar de nossas vidas (quando desviado), seria o de extinguir o Espírito Santo. (1ª Tessalonicenses 5:19) Extinguir o Espírito Santo, amado, na realidade seria o mesmo que um crente que era útil à Obra se tornar inútil, e mais (e pior): não saber mais o que é comunhão com Deus. Na realidade, este crente já não sabe mais o que é o primeiro amor. (Apocalipse 2:4) Esse tipo de crente seria o que a Bíblia chama de crente frio. (Apocalipse 3:15,16) 

E falando nisso, existem, como já sabemos, 3 tipos de crente: o crente quente, que é útil à Obra, anela pela presença do Senhor, e quer mais, muito mais Dele; o crente morno, que, ama ao Senhor, mas também ama ao mundo, não sabe o que quer da vida; mas o pior, meu irmão, é o crente frio... Ele é tão insensível, mas tão insensível, que vai à igreja só por costume, só por rotina. Ele até é útil à obra, mas ele não tem mais aquele anelo pelo Senhor. É como se ele fizesse a Obra por mera religiosidade, apenas para cumprir um rito ou uma obrigação. É, amados, ser quente ou ser frio é muito mais do que uma pessoa dar ou não glória a Deus! A "coisa é mais embaixo"! Bem, enfim, sabendo disso, agora creio que a nossa consciência foi renovada na Palavra, e que estaremos mais e mais inconformados com o mundo! (Romanos 12:2) Viva para Jesus, seja cheio do Espírito Santo, pois Ele tem o melhor para nós!

Fruto do Espírito: (Gálatas 5:22 ou Gálatas 5:22,23 em outras versões)

Amor: Do grego "agape". É bem verdade que algumas traduções da Bíblia traduzem o termo por caridade. Mas, não, na realidade, a Almeida Revista e Corrigida, ao traduzir esse termo, ele não traduz da forma como o conhecemos hoje. Esta versão seria uma, baseada numa língua erudita, acadêmica. E, o significado de caridade, nesse caso de tradução, não é o de fazer obras caritativas, sociais, mas sim, de um amor dado de graça, gratuito, o que, a bem da verdade, é a essência do amor agape. Por isso prefiro outras versões, que traduzem de forma mais clara. A forma amor seria mais clara! A Teologia nos apresenta 3 tipos de amor, dos quais, 2 estão presente explicitamente na Bíblia, mas um está implícito, no caso, no grego. E os 3 tipos de amor, seriam: agape (o amor de origem divina, capaz de dar a vida pelo outro, um sentimento tão ardente, que une não só pessoas, mas propósitos), fileo (amor de amizade, um amor de apenas gostar, não necessariamente amar, mesmo) e o eros (o tipo de amor, que, como disse, está implícito, mas não explícito, no grego, no Novo Testamento, mas seria o amor heterossexual, o amor entre pessoas do sexo oposto, e capaz de chegar a um estado ardente, quando em intimidade). 

Vemos, também, no Antigo Testamento, semelhantes 3 tipos: ahavah, rayah e dod. Ou seja, ahavah seria correspondente hebraico de agape, rayah de fileo e dod de eros. Bem, explicadas essas coisas, vamos seguindo. A Bíblia nos mostra, que, o amor é uma das coisas que deve permear no coração cristão, e principalmente no seio da Igreja. (1ª Coríntios 13 e João 15:12 - amor cristão -> grego agapao; João 14:21,23,24 - amor a Cristo; Lucas 10:27 - amor a Deus e ao próximo -> grego agapao => esta referência se baseia em 2 passagens: 1, do amor a Deus, Deuteronômio 6:5, cujo termo é o hebraico ahavah, semelhante ao agape, e 2, do amor ao próximo, Levítico 19:18, que também é o ahavah) Sendo assim, agora sabemos de uma coisa: que não devemos amar (e também, não apenas de forma fileo, aos nossos amigos, ou de forma eros, aos nossos namorados, noivos ou cônjuges, mas a todos esses de forma agape) de palavra (seja a Deus, ou ao nosso próximo, ou aos nossos irmãos), pois mais que sentimento, o amor se consiste em ações! Afinal, vejamos o que diz a Bíblia: "Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade." (João 3:17,18) Sendo assim, se não tiver o seu amor provado nas obras, nada adiantará, e não passará de um mero sentimentalismo barato! (vide também Coríntios 13)

Amados, e saibam de mais uma coisa: o verdadeiro amor lança fora todo o medo (1ª João 4:18), sabe por quê? Porque quando se ama, não se espera de volta, se faz, pois isso é virtude de Deus nas nossas vidas! E como fazer isso? É simples, apenas faça aos outros o mesmo que você gostaria que fizessem com você! (Mateus 7:12) Afinal, Deus não nos deu o espírito de covardia, mas o Espírito de poder, de amor e de equilíbrio. (2ª Timóteo 1:7) E também por mais um motivo: só somos capazes de amar (já somos, não seremos capazes), porque o Senhor nos amou primeiro. (1ª João 4:19) Mas o mistério todo do amor ser capaz de lançar fora todo o medo, é porque o medo traz consigo a pena (não a pena de sentir pena, mas do grego kolasis, que significa o fato de uma pessoa ter medo, porque sobre ela virá o juízo de Deus), e por contarmos com o grande amor de Deus, o medo simplesmente some, por ser dissipado pelo grande amor de Deus! Aparentemente, amar é difícil, mas quando entendemos o que é amar, a dificuldade logo some...

Gozo: Do grego "chara". Em síntese, seria alegria. Bem, mas é uma alegria baseada em coisas materiais ou em pessoas? Não, é algo mais transcendental! É a alegria, por que temos a Graça de Deus sobre nossas vidas. Nada nos dá mais alegria de viver a vida, do que saber que poderemos sempre contar com as misericórdias do Senhor, que se renovam diariamente! (Lamentações 3:22,23) Saber que o perdão de Deus está liberado sobre nossas vidas nos dá ânimo e coragem para viver, nos dá ousadia contra nosso Inimigo, e nos dá forças para lutar! Afinal, a vida do cristão não é baseada no pecado, mas na santificação (1ª Pedro 1:16 e Hebreus 12:14), porém, como havia dito antes, o cristão é capaz de cair, mas a cada queda, vemos a mão de Deus estendida para nos levantar, através da Sua Graça, manifesta em Cristo Jesus! (1ª João 2:1,2) 

Por isso, glorifiquemos ao Senhor, pela Sua Graça, pois graças a ela, não temos uma vida desgraçada, antes, temos uma vida constantemente renovada. Pois, ainda que com o tempo envelheçamos, na realidade, nossa alma e nosso espírito são constantemente renovados! (2ª Coríntios 4:16) E uma característica interessante dessa palavra, é que ela guarda em si uma curiosidade: ela, no grego, é derivada da mesma palavra que é traduzida por Graça, a mesma Graça de Deus, pois chara é derivada de charis, que é Graça, a Graça de Deus. Portanto, não há coisa melhor na vida do crente, do que a Graça de Deus, a qual podemos fazer parte somente usando a Fé, e nela somos salvos (Efésios 2:8,9), e na mesma, o Senhor nos prepara para as boas obras (Efésios 2:10). Assim, sabemos que, não são as obras que salvam, mas os salvos fazem obras!

Paz: Do grego "eirene". Seria paz, uma paz de espírito. Mas, analisando inicialmente, ela tem uma conotação de origem no contexto judaico, da palavra hebraica shalom. Shalom não é só uma mera paz de espírito, mas na realidade, é plenitude, saúde, bem-estar. E, de fato, o Senhor Jesus nos prometeu dar Paz (João 14:27), e essa paz é tão tremenda, que excede tudo o que é racional. (Filipenses 4:7) Pode o mundo estar se explodindo, amigo, mas com essa paz, você fica tranquilo, se sente completo, e nada pode te abalar. O Inimigo pode colocar as piores coisas contra você, você pode se entristecer, mas você tem aquela certeza, de que há uma luz no fim do túnel. E não há melhor certeza do que esta: “Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas tu não serás atingido.” (Salmo 91:7). Um outro detalhe, é que a paz, não somente fica no nosso interior, como também, fazendo parte de nossa vida, transborda aos que estiverem em nosso redor (Romanos 12:18; Hebreus 12:14)


Longanimidade: Do grego "makrothymia". Esse gomo do Fruto do Espírito que parece ser um dos mais interessantes. Seria o que conhecemos por paciência. Mas essa paciência, é uma que só é inspirada no Espírito Santo. O termo, no grego, naturalmente significa esperar tempo suficiente antes de expressar a raiva. Só que, como disse, é uma qualidade espiritual. Pois em si, por nossa natureza carnal, somos muito impacientes, imediatistas, pavios curtos, intolerantes. Esta paciência expressa mais um papel para com o próximo, do que algo individual. Ou seja, é nossa paciência que deve ser exercida para com o próximo. É mais ou menos assim: Digamos que você tenha ensinado um princípio a um irmão na Fé, mas ele nem se lembrou de praticá-lo. Naturalmente, nos iraríamos com ele, e o chamaríamos de negligente. 

Mas, com a longanimidade, aprendemos a nos colocar dele, buscar entender porque ele não o praticou, e então, pacientemente, chegamos a ele, e ensinamos, calma, tranquilamente, até que ele aprenda. O interessante, é que, quando vemos na Bíblia com a tradução King James Version, usada entre crentes americanos, pois é uma Bíblia em inglês, o termo seria “longsuffering”, algo como sofrimento longo. A raiz do termo sofrer, no grego, seria o que compreendemos por suportar. E, outro detalhe a ser notado, é o prefixo desse termo grego: makro, que deriva do grego makros, justamente o oposto do termo grego mikros. Makros seria grande, longo, e mikros pequeno, curto. Ou seja, é uma paciência grande, suportar por muito tempo. Por nós mesmos, não suportaríamos era NADA! 

Mas pelo mover do Espírito, fazemos aquilo que a nós não é possível fazer, visto que isso não provém da nossa natureza humana, mas é produzido pelo Espírito, em nossas vidas, e tudo isso, para a glória do Eterno! Outra coisa interessante que vemos, na Bíblia, é que, quando pregarmos o Evangelho, a Bíblia nos isenta da responsabilidade sobre a pessoa a quem foi pregado (Ezequiel 3:16-21), e também nos diz para ir para outros (Lucas 9:5), mas algo mais interessante ainda, é o que Paulo diz sobre isso: “E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade, E tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos.” (Timóteo 2:24-26) 

O termo (grego anexikakos) que é traduzido por sofredor, seria sinônimo do mesmo que é traduzido por longânimo. Ambos são traduzidos de forma semelhante. Seria o ser sofredor a qualidade de suportar o mal, ser paciente quanto ao mal, ser pacientemente indulgente. Enfim, é uma ótima qualidade, esta, pois por essa, amado, quem sabe ganhemos uma alma? É uma qualidade essencial em nossas vidas!

Benignidade: Do grego "chrestotes". O termo significa gentileza, amabilidade, excelência. E de fato, só quem é do bem, é quem pode ser gentil para com o próximo, amável para com o próximo. Bem disse Jesus, algo muito interessante: “Eu, porém, vos digo que não resistais ao mau; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas. Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.” (Mateus 5:39-42) 

Rapaz, você não tem noção do que fazer o bem, mesmo quando e fazem o mal, é capaz! É como disse acima, quando expliquei sobre a obra da carne da inimizade. A Bíblia diz que isso é tão poderoso, que, isso é capaz de confundir os nossos inimigos, todos os que querem nos fazer mal e querem nosso mal. (Romanos 12:20,21; Provérbios 25:21,22) É isso aí, amigo! Não retribua mal com o mal! (Romanos 12:17) E isso, o gomo da benignidade não só é capaz de fazer o bem, como evitar o mal. (Romanos 12:19) Mas, tal como o amor, isso não é em palavras, mas em obras! A Bíblia diz para fazermos o bem, e principalmente a nossos irmãos. (Gálatas 6:9,10) É ir ao encontro (não confundir com "de encontro", que, significa "estar em oposição a") da necessidade alheia, e se pudermos ajudar, ajudar na hora. Seja com os que nos fazem bem, ou com os que nos fazem mal, ou quem a nada nos faz, é para fazer o bem. Afinal, fazer o bem também é Obra do Senhor!

Bondade: Do grego "agathosune". É o ser bom. Talvez, inicialmente, não se dá para saber a diferença da benignidade para a bondade, do fazer o bem para ser bom, do ser benigno para ser bondoso, bom. Mas, na realidade, existe uma diferença! O ser benigno implica em fazer o bem, é algo que vem de dentro para fora. Já o ser bom, é algo interior, é uma qualidade pessoal. Ou seja: fazer o bem (benignidade) implica em expor a bondade. 

A benignidade é exteriorizar a bondade. A bondade é o contrário de maldade, e a benignidade é o contrário de malignidade. De fato, como mostrei, existe diferença, mas ambos são intimamente relacionados. Agora, passando para o outro lado da moeda: digamos que eu seja um homem mau. O homem mau não se contenta em pensar apenas no mal, mas ele só fica tranquilo se colocar isso para fora. Igualmente deve ser com o homem bom: ele deve fazer o bem, e isso não pode se resumir a um mero sentimento, doutra maneira, será fútil e infrutífero. 

E, pensemos numa coisa: Deus é o único bom, e visto que Deus é o único ser no Universo, que de fato é bom (Lucas 18:19), então, conclui-se: isso só pode ser uma qualidade que venha de Deus. Portanto, se quer glorificar a Deus, faça o bem, não seja apenas bom. Exteriorize isso! Afinal, uma coisa não pode existir sem a outra: ou seja, o ser bom não pode existir sem se fazer o bem. (diz a Bíblia algo interessante, falando de bondade, e, bem como maldade, que vale a pena conferir - está em Mateus 12:34-37 - para ficar mais interessante, compare com Mateus 19:17; Marcos 10:18; Lucas 18:19; Filipenses 2:5-11, para entender a polêmica das 3 primeiras passagens, à luz desta última: digo, das passagens de Mateus, Marcos e Lucas à luz de Filipenses)

Fé: Do grego "pistis". Significa crença, confiança, fidelidade. Talvez se pergunte porque em algumas traduções, certas ocorrências desta palavra grega são traduzidas, não por Fé, mas por fidelidade. O motivo disso é um: fidelidade vem da palavra latina (ou seja, do latim) fide, que traduz o termo grego pistis, que no português conhecemos por Fé. Pois bem, sabemos o que é Fé, afinal, Hebreus 11:1 nos dá a definição (firme certeza das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não vemos). Mas, do jeito que aí está, parece que é apenas um sentimento que nos liga a Deus. 

A Fé é muito mais! A Fé é prática, e de fato, envolve fidelidade, pois a Bíblia nos mostra em Habacuque 2:4, e reforça em Hebreus 10:38, que o justo viverá da Fé, mas se ele recuar, Deus não terá prazer nele. Ora, essa passagem de Hebreus justamente ilustra que não existe Fé sem fidelidade. Não há maneira de alguém dizer que tem Fé, sem ser fiel a Deus! Fé não é uma mera crença, mas é uma prática! 

Outro exemplo, do exercício da Fé, não é só para com Deus, mas para com os homens, e até mesmo nossos irmãos, como vemos em Tiago, ajudando nas necessidades, por exemplo! (Tiago 2:14-17) Enfim, é algo tão tremendo, que, não há como apenas ficar em palavras, que nos sentimos impelidos a fazer a Fé ser algo prático em nossas vidas!

Mansidão: Do grego "praiotes". Significa uma pessoa ser calma, branda, tranquila. Rapaz, se tem algo que nos é bem complicado, é ter essa virtude! É tanta coisa que nos aborrece, tanta coisa que nos “tira do sério”, que a gente fica maluco, só de pensar nisso. São as notícias cotidianas, infortúnios diários, e até mesmo coisas do nosso convívio. Mas a Bíblia diz uma coisa: que nosso Senhor Jesus, enquanto esteve na Terra, era manso e humilde de coração. (Mateus 11:29) 

Essa qualidade faz com que nós não cheguemos ao ponto da raiva, pois ela a subjuga. Vejamos o exemplo do Mestre, nos Evangelhos: Ele era manso, e só se irava quando era necessário, quando era justo! Sendo isso dessa forma, vamos evitar stress desnecessário, vamos evitar aborrecimento desnecessário, vamos nos desviar desses focos, ou então, surpreendamos ao Diabo, quando ele nos oferecer essas oportunidades. Deus vai ser glorificado, se dermos lugar, afinal, não só é para sua glorificação, mas é para o nosso crescimento espiritual!

Temperança:
Do grego "egkrateia". Significa domínio próprio, autocontrole, continência. Garoto! Esse é um ponto bem interessantíssimo! Você não tem noção! Sabe o que é ser temperante? É ter domínio próprio. Literalmente, no grego, seria governo do “eu” (é a mistura de ego, que seria eu, em grego, com kratos, que seria poder, domínio, governo). Ou seja, seria eu me controlar. Como poderíamos entender essa qualidade, essa virtude? Bem, lembra do que dissemos acima, da obra da carne das bebedices? Pois é! Não só para isso é a solução, como também, para qualquer vício em nossas vidas! 

Mais uma vez enfatizando: não vem de você! Não é um mero hábito! Devemos fazer, mas devemos sempre pedir ajuda, pois não é um hábito que nos muda, afinal, um hábito pode terminar mediante uma crise de abstinência. Mas a libertação de Deus deve nos alcançar! E Deus promete nos libertar mediante a Sua Palavra (João 8:32), que é a Verdade (João 17:17)! E Jesus promete nos libertar (João 8:36), quando nos entregamos à Ele, quando resolvemos conhecer mais e mais as Sagradas Escrituras! E a Palavra de Deus tem todo o suporte para nos ajudar a viver uma vida que agrada a Deus, quanto mais chegar à mansidão! (2ª Timóteo 3:16,17)

Obs.: Se os irmãos virem alguma coisa que difere nos textos, das Bíblias, é que a tradução Almeida Revista e Corrigida (ARC - da Sociedade Bíblica do Brasil - SBB), bem como a Almeida Corrigida e Revisada Fiel (ACF - da Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil - SBTB) são baseadas (a primeira, não totalmente, por pegar um pouco dos manuscritos mais antigos, mas a segunda completamente), em seu texto do Antigo Testamento, no Texto Massorético, e o Novo Testamento, no Textus Receptus (Texto Recebido, em Latim), que seriam ambos os textos usados para a tradução das Bíblias, na época da Reforma Protestante, porém, nas Bíblias mais atuais, partindo da Almeida Revista e Atualizada (ARA - da Sociedade Bíblica do Brasil - SBB), e indo para a Almeida Revisada (da Imprensa Bíblica Brasileira), a Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH - da Sociedade Bíblica do Brasil - SBB), a Nova Versão Internacional (NVI[também, no Espanhol, Nueva Versión Internacional]/NIV[New International Version] - da Editora Vida), e outras mais modernas, todas elas partem de manuscritos mais antigos (no caso, 2, que seriam o Codex Vaticanus e o Codex Sinaiticus). Mas isso não quer dizer que devamos confiar mais em uma Bíblia do que a outra. Mas que há diferenças, há, e estou explicando antes que haja espanto da parte de algum irmão, quando ele ler a passagem pela Bíblia dele. A diferença nestas Bíblia, quanto a conteúdo de Novo Testamento, basta ver os colchetes, em certas passagens. Isso quer dizer apenas que não consta nesses manuscritos mais antigos, mas não que nunca tenham existido, ou que são farsa, tais textos que estão nos manuscritos da época da Reforma, mas não nos recentemente descobertos como mais antigos. Só para constar, Ok?



Acrescente-se, para melhor compreensão, outras passagens, antes da devida conclusão:



1 - "Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento;" (Mateus 3:8) 
2 - "Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus." (Mateus 7:17); "Portanto, pelos seus frutos os conhecereis." (Mateus 7:20) 
3 - "Ou fazei a árvore boa, e o seu fruto bom, ou fazei a árvore má, e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore." (Mateus 12:33) 
4 - "Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto." (Lucas 6:43) 
5.1 - "(Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade);"
(Efésios 5:9 - em manuscritos normais, como na versão ACF e na ARC)
5.2 - "{pois o fruto da luz está em toda a bondade, e justiça e verdade},"
(Efésios 5:9 - naqueles 2 manuscritos, os quais servem para a ARA e outras versões modernas) 
6 -  "Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz." (Tiago 3:18)



Todos os 4 primeiros, estão muito claros! Aliás, a Bíblia mostra o destino de quem não tem bons frutos. (Mateus 3:10; Mateus 7:19; Mateus 12:31-37) É importante ver também João 15:1-17, para acrescentar mais ao entendimento. Ora, os bons frutos se encontram no bom trato, nas palavras suaves, no amor. (não que não possamos repreender ao irmão que pecou [Mateus 18:15-17; Lucas 17:3,4] ou exortar os irmãos a não errarem em certas coisas [Atos 11:23; Atos 14:22;  Atos 20:1,2; Tessalonicenses 3:12; Timóteo 4:1,2; Tito 2:15] ou denunciar heresias e hereges [Mateus 7:1-5; João 7:24; Coríntios 5:9-13; Efésios 5:11], porém, quando se trata daqueles irmãos que andam conforme a Sã Doutrina, a eles é que devemos tratar muito bem: vide Mateus 5:22; Tiago 1:26,27; Tiago 3:9-18) Traduzindo: não devemos odiar, nem maldizer, nem ofender a nossos queridos irmãos. (salvo se estes forem pestes, joio, bodes)



Porém, em Efésios 5:9, dá-se mais luz, na questão dos frutos, do Fruto do Espírito ou, dependendo do manuscrito, “Fruto da Luz”: nesta situação, vê-se 3 características, que são, 1, bondade, 2, justiça e 3, verdade! Vejamos cada uma delas, para “fechar com chave de ouro”. Bem, quanto à bondade, permita-me dizer que, é o mesmo termo grego, de um dos componentes do Fruto do Espírito, e portanto, foi a sua explicação supracitada. Mas, restam-nos 2 a se explicar: justiça e verdade. Ora, queridos, a “justiça”, seria uma qualidade conhecida no meio judaico (bem como bíblico, no Antigo Testamento), para a retidão do crente. Não significa “justiça” no sentido jurídico, mas sim, do hebraico “tzedakah” (fora o seu sentido de caridade ou esmola, como em Mateus 6:1-4 [claro, no grego “dikaiosyne”, visto que não aparece ao pé da letra “justiça”, como nas demais passagens, mas “esmola”, dependendo da versão], Coríntios 9:9,10 e Salmo 112:9), que seria a retidão, como explicado. Jesus fala que felizes (bem-aventurados/abençoados/benditos) são os que têm fome e sede de JUSTIÇA. (Mateus 5:6), e, sem falar que, vemos muitas referências no Antigo Testamento às qualidades dos “justos” (no singular, “tzadik”, ou, no plural, “tzadikim” – em Hebraico).



E a Bíblia também mostra, quando refere-se à Armadura de Deus, em Efésios 6:10-18, que, a JUSTIÇA, é como uma couraça, ou, em outras passagens, um cinto. (Efésios 6:14; vide Isaías 11:5) Claro, quanto à Armadura de Deus, será tratado com mais profundidade em um próximo artigo, pois aqui, limito-me a falar apenas do Fruto do Espírito. E, claro, para finalizar, vemos a característica da Verdade. Ora, na Palavra, primeiramente, também vemos a importância da Verdade, em Efésios 6:14, onde é tratada como um cinto. Permita-me resumir a questão do cinto: entre os antigos, que vestiam mantos, o cinto era importante para prender as vestes, e, claro, igualmente hoje em dia, dependendo da calça com que se vista, sem cinto, ela pode cair, e deixar a pessoa “em maus lençóis”. Por isso, tal como um cinto é importante ao vestuário, assim também, vejamos a justiça e a verdade. Mas, focando agora, na Verdade, vemos que a Bíblia chama a Deus Pai de Verdade (Jeremias 10:10), a Deus Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor, de Verdade (João 14:6), a Deus Espírito Santo, de Verdade (João 5:6), à Lei de Deus, de Verdade (Salmo 119:142), ao mandamento divino, de Verdade (Salmo 119:151), e, sem esquecer, a Palavra de Deus, é chamada de Verdade. (João 17:17)



Ora, Pôncio Pilatos, ao conversar com Jesus, em Seu julgamento, ele pergunta ao Senhor: “Que é a Verdade?”. Daí, foi até interessante discernir a quem e o que a Bíblia chama de Verdade. De fato, e até interessante notarmos uma última coisa: Jesus, em João 8:32, diz que “a Verdade liberta”. Mas, que Verdade é essa, em tal passagem? Conhecimento? Dizer a verdade, e não mentir? Ou, antes, mostra que, o Filho, ou seja, o próprio Senhor Jesus, é a Verdade que liberta? (João 8:36) Sem dúvida, o último! Pronto. Por derradeiro, fale-se que, em Hebraico, seria “Emet” (pronuncia-se “êmeth”), e, em Grego, seria “Aletheia” (pronuncia-se “alefía”). Ora, pelo que podemos ver, não devemos esquecer, que, as Escrituras exortam-nos que, a adoração verdadeira, que o Pai busca, nos verdadeiros adoradores, é esta: “adorá-lo em espírito e em verdade”. Claro está, no versículo, que seria: “no Espírito (Santo) e na Verdade (sua Palavra)”. (é óbvio que, espírito, não se trata do espírito humano, mas, sim, do Espírito Santo, o qual, diz a Bíblia que testifica com nosso espírito humano, que somos filhos de Deus, e, nos guia para fazer a vontade de Deus, e, futuramente, termos parte na glória do Senhor Jesus – Romanos 8:14-18)


Caríssimos, sem dúvida, Deus, Jesus e o Espírito, bem como a Palavra, a Lei, os mandamentos, são todos a Verdade, mas, para sermos específicos, a Verdade do fruto do Espírito/Luz, em evidência, claramente é a Palavra de Deus, e, o termos o exemplo de nosso Senhor Jesus, como referencial em nossas vidas! Assim sendo, vemos que, é nestas “Verdades” que devemos caminhar, e, é nestes referenciais, que devemos andar e viver! Concluo, pois, as explicações que faltavam, acerca deste tão importante assunto! Enfim, não esqueçamos que, "o fruto da TZEDAKAH, semeia-se na SHALOM, para os que exercitam a SHALOM". (Tiago 3:18) Ou seja, pegando o contexto, pelo versículo anterior (Tiago 3:17), agora, podemos compreender, além da explicação anterior, que, tal coisa só se alcança, por Deus, mesmo. Por nós mesmos, na nossa carne, é só desgraça. Mas, sei que o Senhor haverá de capacitar-nos pra isso, em nome de Jesus, por meio de Seu Santo Espírito!


Lembremo-nos, enfim, de um pequeno detalhe: qualquer uma das obras da carne, individualmente, se não houver arrependimento de nossa parte, nos priva do Reino (Gálatas 5:21), e nos leva ao Inferno (conforme pode-se ver nas passagens supracitadas adicionalmente, quanto “a árvore que produzir maus frutos, ser cortada e lançada ao fogo”), mas tem o outro lado da moeda: nenhuma dessas qualidades do fruto espiritual, ou, do que o Espírito Santo produz em nós, no caso, individualmente é alguma coisa, antes, elas só valem todas juntas! Cada uma das 9, temos que ter! Pense nisso! Daí, o lance é esse: DÁ LUGAR, IRMÃO! Mas fica tranquilo, vaso: quando nos envolvemos em fazer isso, some da nossa mente qualquer empecilho, e ainda por cima, cada dia que conseguimos galgar um de cada vez, sentimos um prazer enorme, uma sensação de missão cumprida, só de pensar que, estamos glorificando ao Senhor com as nossas vidas! É tremendo! 

Calma, pois isso você não conseguirá com as tuas forças: você precisa contar com Deus, precisa estar em Sua dependência, e só conseguirá isso, se buscá-Lo: “Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.” (Filipenses 2:13). De fato, devemos andar com temor e tremor, e guardar assim, os divinos mandamentos! (Filipenses 2:12) Porém, sem a ajuda de Deus, é impossível! Sem a justiça do Filho, nosso Advogado, é impossível! (João 2:1,2) Porém, esta motivação de que podemos sempre recomeçar (ou mesmo continuar), mesmo que erremos ou tropecemos, nos dá forças pra não errar, a cada dia que passa! Não se desespere se não conseguir rápido!

Bem, tendo visto isso, essas grandíssimas diferenças, peçamos a Deus, em nome de Seu Filho Jesus, que através de Seu Santo Espírito, Ele opere em nós uma mudança tal, que nos aproxime do caráter do Senhor Jesus (vide Romanos 8:29,30), e sejamos imitadores Dele, ou que ao menos, cheguemos ao nível de Paulo (1ª Coríntios 11:1), o que já seria muito, pois essa geração de crentes precisa ser mais e mais transformada, pois a boa obra do Senhor em nossas vidas só está começando... (Filipenses 1:6)



Deus o abençoe, em nome de Jesus!